Cicloviagem 8º Dia - Piuma a São João da Barra - 101 Km
A noite em Piuma foi bem agradável. Consegui dormir bem cedo e descançar bastante. No dia seguinte estava de pé ainda de noite, o que rendeu algumas fotos com o sol nascendo. Apesar da cidade ser um pouco abandonada pelo poder público, o visual do Monte Agha inspirava várias fotos.
Esperei o café da manhã na pousada e parti. Logo para abrir o dia, algumas ladeiras, mas o interessante neste trecho é que as cidades são todas coladas uma na outra, que da impressão de ter que rodar menos. Passei por Itaipava, Marataízes (que esperava muito mais da cidade), Itapemerim, Marobá e Praia das Neves.
No meio do caminho encontrei um alemão viajando de bike sozinho. Tinha feito a Estrada Real, de Diamantina (MG) a Parati (RJ) e de lá estava indo até São Luis do Maranhão, totalizando mais de 40 dias de estrada. Trocamos um ideia no famoso "Portunhol", fizemos umas fotos e nos despedimos. Ainda passei boa parte do planejamento por onde ja tinha passado pra ele.
Hoje seria um dia especial, pois romperia a divisa do Espirito Santo com Rio de Janeiro, mas esta divisa me pregou um peça. Nos 7 dias anteriores, apesar do mal tempo, o vento a meu favor era um constante, logo o pedal rendeu muito, sem muito esforço. Uma vez no Rio, o vento deu uma virada descomunal, me proporcionando 3 dias bem doloroso a pedalar contra o vento. Neste momento veio o ensinamento do mestre Ernane: Quando vento estiver contra, baixe a marcha e pedale devagar curtindo a natureza e sem preocupação com a velocidade. Assim o fiz, mas confeço que o 8º e 9º dia de viagem o pisicológico deu uma abalada consideravel.
Como era de esperar, fiquei amarradão na fronteira com Rio de Janeiro, fazendo várias fotos e curtindo as placas. Dali foi um pulo e ja estava na primeira cidade do estado do Rio, São Francisco do Itabapoama. Parei para almoçar e tiazinha achou que, porque estava viajando de bike, poderia estar com muita fome. Serviu um PF gigante e com muita pena tive que devolver boa parte da comida que não consegui comer.
Não demorei muito e me pus na estrada novamente. Dali segui para Gargaú, sempre com o vento contra. Nesta estrada consegui fazer um foto que ja vinha pensando em fazer desde Porto Seguro (rs).
Passei por um farol legal na beira da praia e chegando em Gargaú avistei os poste de energia eólica. São ao todo 17 postes, com 80 metros de altura, com as hélices chegam a 110 metros, ocupando um espeaço de 500 hectares. Negócio animal e administrado por uma empresa de Bruxelas, na Belgica. Apesar das proporções gritantes, apenas 8 pessoas trabalham no local e, segundo informações da população local, a energia produzida ali não abastece aquele cidadezinha que segue abandonada pelo poder público.
De Gargaú fiz outra travessia de barco para o município de São João da Barra. Devido a má impressão que tive de Gargaú e achando que a próxima cidade teria as mesmas caracteristicas, ja estava decidido continuar viagem e pernoitar mais a frente, talvez em Campos. Chegando neste pedacinho de terra banhado pelo Rio Paraíba do Sul, fiquei muito feliz com a cidade que era toda organizadinha, limpa e com um boa energia.
Descolei um pousadinha com precinho interessante. Nela consegui lavar minha roupas e tênis. Sai para dar uma volta, conheci o Teatro Municipal e mais alguns pontos turisticos, passei pela Lan House e fui dormir cedo. Cansaço no fim do dia é sinistro.
Divirtam-se com as fotos:
Comentários