Bancadas Artificiais
Realmente, sonhar é muito bom. Não é proibído, é de graça, e as possibilidades são infinitas.
Então já imaginaram aquelas ondas perfeitas da Austrália, Indonésia, J-Bay ou Califórnia aqui no quintal da nossa casa, assim como os gringos as tem!?
Já imaginaram!?
Sonho!? Talvez … mas não impossível.
A realização dos nossos sonhos de vermos ondas perfeitas no Brasil como lá fora, não depende só da mão de Deus. Precisamos nos, humanos, dar uma mãozinha ao que a natureza nos dá de sobra: Ondulação! Isso nos temos em abundância aqui no Brasil, muito mais que os americanos, e me arrisco dizer que talvez atê mais do que em muitas regiões da Austrália.
O que eles tem e nos falta, são fundos perfeitos. E fundos perfeitos geram ondas perfeitas.
Quantas vezes não estivemos com nossos amigos surfando ondas mediocres, e entre uma caída e outra, “viajando” na possibilidade de um fundo artificial implantado ali mesmo, no quintal de casa!?
Sim, porque não!? Porque não um fundo artificial em Grumarí ou na praia da Macumba no Rio de Janeiro, ou um no meio do Moçambique, e outro entre a Joaquina e o Campeche? Imaginaram uma bancada perfeita em Pitangueiras e outra na Praia de Pernambuco no Guarujá!?
Eu já!
A idéia não é nova. Há muito se fala nisso.
Na Austrália já existem dois e os americanos também já tem o seu.
Por aqui, iria impulsionar ainda mais o surfe no país, elevando nossa nação definitivamente ao topo do esporte.
Nossos atletas profissionais teriam condições reais de treinar em ondas perfeitas, sem terem que gastar muito dinheiro para isso. Conquistaríamos enfim, o tão sonhado título mundial, e os gringos viriam ao Brasil não só por causa de nossas mulheres maravilhosas.
Há anos se comenta sobre a implantação de um fundo artificial no Rio de Janeiro, mas continuamos patinando quanto a realização. O negócio não sai do papel.
No meu ponto de vista, todos ganhariam com essas obras.
O turismo aumentaria, mais dólares e euros seriam deixados aqui, gerando uma receita extra.
Eco-sistemas seriam naturalmente criados nestas bancadas, contribuíndo com a fauna e a flora marinha de uma maneira geral.
Manipulando a dinâmica das ondas, é possível criar condições ideais para a prática do surfe em diferentes níveis, contemplando iniciantes e profissionais.
Pesquisadores afirmam que há 40 possibilidades diferentes de fundo artificial. Segundo eles, dependendo do projeto, as ondas podem ganhar até 80% em altura, sessões tubulares, e aumento em sua extenção.
O custo dos fundos já existentes no mundo varia entre US$ 1,5 milhão e US$ 8 milhões cada um.
Enquanto nosso sonho fica na mão de prefeituras, governos, ambientalistas, empresários e investidores, vamos sonhando…
O político, governo ou empresa que se envolver e realizar um projeto destes, ganhará com certeza respeito não só da comunidade surfistica, mas de uma grande parte da população. O nome do patrocinador ou envolvidos, seria citado como alguem que contribuíu para o esporte e meio ambiente.
Só acho que não deve ser um só, tem que se implantar logo dois de uma vez.
Vocês devem estar pensando que sou louco. Não temos nenhum e eu já quero dois de uma vez só. Devem estar pensando que não estou levando em consideração a condição que o nosso governo nos deixa, á mercê do destino, sem sequer um básico digno, sem escolas, hospitais e segurança, mas não, não esqueci nada disso.
Esta verba sairía dos cofres dos que mais ganham com o surfe, e claro, continuariam ganhando, que são as grandes marcas de surfwear e as multinacionais que só exploram a imagem e “life style” do nosso esporte favorito em suas publicidades sem investirem NADA de volta. Seria uma bemfeitoria que seria descontada do valor total do imposto de renda a ser pago por estas mesmas empresas. E a prefeitura que apoiar, incentivar, contribuir para um projeto destes, também desviaria a atenção dos escândalos e maus tratos com seus cidadãos para uma coisa positiva, melhorando consequentemente sua imagem… pelo menos com a comunidade surfística.
E tem que fazer dois de uma vez, porque se fizer um só, o “crowd” ficará impossível no pico. Com duas opções, espalharia os fissurados.
Não idealizei se seriam na mesma cidade, mas seria ótimo, porque se fizer um em Santa Catarina e um no Rio, por exemplo, com certeza ficariam muito visados e “crowdeados”. O ideal mesmo, rsrsrsrsrs, seria dois em Santa Catarina, dois no Rio e dois em São Paulo.
Já imaginaram os WCT`s aqui no “Brasa” num pico destes, com condições perfeitas? Mudaria muita coisa, com certeza.
Sonhar é criar energias para que o universo conspire a nosso favor.
Boa sorte, boas ondas e claro, bons sonhos!
Paz!!!!
Tezinho, local do Apaga Fogo, esta acostumado com fundo de coral, mas o pico está loge de ter aquelas ondas perfeitas. Pegando velocidade para voar no aéreo.
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