Cicloviagem 13º (Ultimo) Dia - Saquarema ao Rio de Janeiro - 84 Km

Este seria o último dia da Aventura. Mais um dia que amanheceu com tudo propício. Tempo bom, ventinho a favor e eu bem disposto. Um misto de satisfação, emoção e sentimento de dever cumprido começava me acometer.



No dia anterior tinha pego informações com um ciclista que encontrei de passagem por Saquarema e deu as passagens certas para chegar até Niteroi vivo e longe dos trânsitos infernais das grandes cidades.




Até adentrar em Niteroi foi tudo uma maravilha. Peguei uma estradinha de asfalto a beira mar, com pouco movimento, passando por Jaconé, Ponta Negra e Maricá. Todo este litoral tem caracteristicas similares a Saquarema, mudando apenas a estrutura das cidades. Entrando em Maricá também é legal, com a estradinha entre o mar e lagoa de Maricá. A brisa marítima fria típica do Rio de Janeiro também era uma constante.



Em Maricá parei numa vendinha pra comer mamão com maçã e me abastecer de água. O dono deste estabecimento me deu água mineral que estava a venda e também me mandou seguir viagem sem me cobrar nada. Ele ainda indicou um atalho por dentro de uma Reserva de Restinga que me fez cortar caminho, evitando passar por dentro de Maricá.



A passagem pela restinga foi bem interessante, sem nenhum carro passando pelo local. Vi apenas um parado na beira da lagoa, onde tinha um casal praticando sexo matinal. Passei por dentro de um bairro humilde, me deixando na Rodovia RJ 106.



Apesar de duplicada e com um bom acostamento, estava meio tenso pedalar ali, tamanho o fluxo de veículos. Para minha sorte tinha comprado outro retrovisor em Búzios, que me deixou um pouco mais seguro.



Parei em um posto para pedir informações e tive confirmação das indicações do Ciclista do dia anterior. Eis que mais a frente encontro dois triatletas treinando de bike. Seguimos pedalando juntos até entrada de Niteroi e eles me deram o canal certinho para sair da Rodovia e passar pelo bairro de Maria Paula e Pendotiba, desvidando de todo o transito do Centrão de Nikiti.



Dito e certo, pois vim pegar trânsito ja quando estava bem perto das Barcas. Mas foi trânsito mesmo, pois nem de bicicleta estava dando para continuar andando. Menos mal, uma vez que os carros estão praticamente parados e não passando vuado por mim, como aconteceu em Vitória (ES).



Comprei o ingresso da Balsa, pagando R$ 2,80 por mim e mais R$ 5,00 pela Bicicleta. Me senti roubado, mas estava numa vibe tão boa que segui adiante e nem entrei numa de reclamar. Pelo menos deu pra ver que as Barcas melhorou muito a qualidade dos seus serviços, mostrando-se bem organizado e limpo aquele transporte público, que diga-se de passagem, foi privatizado, porém é o Governo que compra os veículos com nosso suado dinheirinho. Vai entender.



Uma vez na Barca, estava configurado um grande contraste, com o pessoal engomadinho e com cara de triste por estar indo ao trabalho e eu com a Bike carregada, roupa encardida e chegando de viagem. Fiquei admirando aquela situação, analisando as pessoas, pensando nas possíveis historias de vida que cada um tem para contar. Fiz algumas fotos de dentro da Barca, com Cristo Rendentor e Corcovado ao fundo, sempre sentindo a brisa fresca da Baia de Guanabara.



A Barca me deixou no Centrão do Rio de Janeiro, em plena Praça XV, aumentando mais o contrate. Neste momento puder concluir que uma das melhores coisas que fiz na minha vida foi ter ido morar em Porto Seguro e desfrutar de um paraíso com misto de cidade pequena.



Aquela correria, prédios imensos me deixou meio assustado. Ainda fiz uma foto da Praça XV, mas logo bateu a paranoia de assalto e criminalidade. Guardei tudo e sai vuado em direção a nova moradia da minha mãe, passando pela Avenida Rio Branco, Catete, Praia do Flamengo e pelo Largo do Machado.





Cheguei no prédio e a minha querida mãe ja estava me esperando la em baixo, com máquina fotográfica e contando para todo mundo que passava por ali. Fizemos mais algumas fotos, tirei tudo da bike, deixei minha companheira guardadinha e subi pra comer o ranguinho da mamãe, com o bom e velho feijão preto.





Tirei um sono a tarde e a noite tomei umas brejas com minha irmã Aline, mostrando as 900 fotos que tinha tirado e contando cada detalhe da trip.





A Cicloviagem chegou ao fim, com tudo em ordem e agradeço muito a Deus por ter colocado tudo, absolutamente tudo, nos seus devidos lugares. Dificuldades e perrengues foram muitos, mas faria tudo novamente sem pestanejar.





Um grande abraço a todos que tiveram curiosidade de ler os relatos, bem como os comentários de carinho e força deixado nestes 13 dias de viagem.





Abraço a todos e divirtam-se com as fotos.





Ao fundo, Confederação Brasileira de Volei - Saindo de Saquarema






Curtindo últimos momentos em Saqua


Lagoa de Maricá



Passagem pela Reserva de Restinga



Os triatletas




Registro da passagem pelo túnel





Magrela dentro das Barcas




Visão do Cristo de dentro da Barca





Prédio Histórico da Praça XV





Eu e minha mãe






Comentários

Anônimo disse…
Fod@ parceiro. Parabéns. Estou criando coragem pra fazer uma onda dessas!
Jorge Azevedo disse…
Belo post. Sempre que vou à Maricá fico numa pousada perto da lagoa em São José de Imbassaí, olha a página do facebook: http://www.facebook.com/pages/Pousada-da-Vov%C3%B3-Bellina/453402578027727
Leo disse…
Olá, estou planejando uma Cicloviagem de Niterói a Arraial do Cabo.

Vou Eu, minha esposa e meu filho de 4 anos, pra essas condições vc tem alguma coisa há mais pra indicar (pousadas, lugares para comer, serviço de bike, etc)


vlw

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